Governo brasileiro tenta uma aproximação com a Igreja Católica Apostólica Romana.

Hipocrisia generalizada, ou manobra política? Como todos vimos, durante toda a campanha política, Bolsonaro buscou apoio com Igrejas Evangélicas. E em vários discursos demonstrou afinidade com a doutrinação destas entidades. E mesmo que nestes discursos prevalecessem palavras de origem radical e de características pouco cristã foi eleito com apoio destas entidades Evangélicas. Assumiu a presidência com base em suas ideologias cristã, indicando ministros e membros de seu governo apontados por estas entidades. E agora perdendo parte do apoio de seu eleitorado, e já com popularidade enfraquecida, demonstra interesse de aproximação com a Igreja Católica. Fato que ficou caracterizado pela visita feita pelo presidente ao Santuário de Aparecida, SP. E tudo isso em meio a divergências e críticas pesadas do Papa Francisco, com relação à política de preservação do meio ambiente. E a controvérsia desta situação, é que o pontífice acredita mais na ciência do que o próprio Bolsonaro. As críticas do Papa Francisco vem baseada em estudos e dados científicos apresentados pelas entidades científicas que o governo Brasileiro insiste em menosprezar. Fato caracterizado com a exoneração do presidente do INPE Carlos Galvão, com a alegação de que o cientista avia se equivocado sobre os dados do desmatamento da Amazônia. E enquanto o presidente busca apoio com entidades religiosas, ele perde o apoio das entidades ligadas à ciência e nem é por sua religiosidade. E sim, pelo tratamento e relevância dado ao MCTIC (Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação). Depois de matérias divulgadas por Fontes ligadas a comunidade científica confirmando a existência de uma articulação política intensa por parte do Ministério da Educação (MEC) com o intuito de anexar o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) à estrutura da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o que conferiria ao MEC controle financeiro sobre grande parte da ciência produzida no Brasil, dentro e fora das universidades. Fazendo com que as comunidades científicas emitissem um alerta contra a possibilidade de fusão das agências CNPq e Capes ligado ao MEC. Em carta preparada por diversas entidades científicas, e encaminhada na sexta-feira (11/10/2019) a autoridades do Executivo e do Legislativo em Brasília, afirmam que seria uma medida equivocada sob todos os aspectos já que as duas instituições, criadas e desenvolvidas ao longo de mais de seis décadas, têm missões bastante claras e complementares, que funcionam como pilares do sistema educacional e científico do País. Entre os signatários estão às academias nacionais de Ciências (ABC), Medicina (ANM) e Engenharia (ANE), e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A proposta de fusão do CNPq e Capes, se efetivada, poderá trazer consequências comprometedoras, tanto para o sistema de ensino brasileiro como para o sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação. Especialistas alertam que a fusão seria um desastre para o sistema de financiamento à pesquisa no Brasil, e que na verdade, a Capes engoliria o CNPq. E afirmam que estes órgãos, são agências diferentes, com missões diferentes, que operam de forma diferente. E não teriam como juntar as duas coisas. Rebatendo o argumento de que a junção proporcionaria otimização dos recursos de ambas as agências, e que segundo estes especialistas, "é absolutamente falacioso". "Trata-se, estritamente, de uma disputa de poder; uma ação predatória do MEC para canibalizar o CNPq e impor uma agenda ideológica dentro da ciência brasileira." Um verdadeiro desmonte da ciência no Brasil. E mesmo com tantos equívocos e críticas dos mais variados tipos, o governo alega que está avançando e logo o País prosperará. Mas baseado em quais argumentos fazem esta afirmação, religioso ou científico?

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