Nenhum dos Estados europeus nem a comissão da UE estavam dispostos a impor o que é a base de suas constituições - a dignidade humana. Com a decisão política de ontem, além disso, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (ECHR).

Capitã Carola Rackete foi detida ao atracar no porto de Lampedusa Itália com 53 Imigrantes abordo do navio Sea-Watch 3. Segundo informações, estes são imigrantes que naufragaram em águas Italianas e resgatados por ela. Em nota a organização https://sea-watch.org/ diz: As instituições europeias demonstraram mais uma vez a sua incapacidade de lidar com a responsabilidade de salvaguardar os direitos das pessoas resgatadas na sua fronteira marítima. Nenhum dos Estados europeus nem a comissão da UE estavam dispostos a impor o que é a base de suas constituições - a dignidade humana. Com a decisão política de ontem, além disso, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos (ECHR) não forneceu qualquer expediente para os 42 sobreviventes presos a bordo do navio de resgate Sea-Watch 3. Sua situação está agora mais desesperada do que nunca. Como resultado, hoje ao meio-dia, o capitão foi forçado a entrar nas águas territoriais italianas sob a lei de emergência. Nenhuma instituição europeia está disposta a assumir responsabilidade e defender a dignidade humana na fronteira da Europa no Mediterrâneo. É por isso que temos que assumir a responsabilidade por nós mesmos. Entramos em águas italianas porque não há outras opções para garantir a segurança de nossos hóspedes cujos direitos básicos foram violados por tempo suficiente, disse Johannes Bayer, presidente da Sea-Watch. A garantia dos direitos humanos não deve estar condicionada a passaporte ou a qualquer negociação na UE, eles devem ser indivisíveis. Temos pessoas a bordo que passaram por horrores na Líbia, que foram muito torturados, mas, mesmo que isso não aconteça, qualquer pessoa resgatada no mar, por lei, deve ser trazida para um lugar seguro. São pessoas com necessidades básicas e direitos básicos. Uma operação de resgate não é concluída até que cada pessoa resgatada esteja com os dois pés no chão, diz Haidi Sadik, mediador cultural do Sea-Watch 3. Inicialmente, 53 pessoas haviam sido resgatadas em 12 de junho de um barco de borracha em águas internacionais. Mais tarde naquele dia, em uma tentativa sem precedentes de tornar a Sea-Watch cúmplice de uma grave violação de direitos humanos, a chamada Guarda Costeira da Líbia nomeou Trípoli como um ponto de venda (supostamente: lugar de segurança) e pediu ao navio para transportar ilegalmente os sobreviventes de volta à Líbia. O ministro italiano Matteo Salvini, que exigiu seriamente que a Sea-Watch siga as instruções da Líbia, provocou uma reação da comissão da UE afirmando: Todos os navios que navegam sob bandeira da UE são obrigados a cumprir as leis internacionais quando se trata de busca e salvamento, que inclui a necessidade de levar as pessoas resgatadas para um lugar seguro. A Comissão afirmou sempre que estas condições não existem atualmente na Líbia. Contudo, este incidente foi seguido por um impasse de 14 dias em frente ao porto seguro mais próximo da posição do resgate, Lampedusa. A Itália negou a entrada do navio e até mesmo implementou apressadamente um novo decreto do Ministério do Interior ameaçando a Sea-Watch com multas absurdas e processos criminais. No decorrer deste impasse, as autoridades italianas desembarcaram 10 dos sobreviventes por motivos médicos em 15 de junho, e a emergência evacuou mais um em 21 de junho - deixando 42 a bordo, incluindo 3 menores desacompanhados, sendo que o mais novo deles tinha 12 anos. 36 dos que permaneceram subsequentemente entraram com um recurso Regra 39" para medidas provisórias no Tribunal Europeu de Direitos Humanos, que foi negado em 25 de junho. A decisão do ECHR em janeiro foi sem espírito. Esta é a capitulação incondicional do tribunal à política antimigração da direita europeia. Diz Bayer, referindo-se a um apelo anterior da Regra 39 dos resgates do Sea-Watch 3. Se esta situação, incluindo detenção ilegal indefinida em nosso navio e privação de necessidades básicas, não está violando os direitos humanos de nossos hóspedes, então o que é? Não podemos esperar até que cada um se torne uma emergência médica por tempo. Sobre Carola Rackete (nascida em 1988 em Preetz , Alemanha) é uma capitã alemã que trabalha para a organização de resgate marítima alemã Sea-Watch . Ela nasceu na Alemanha para um pai de Camarões e uma mãe alemã. Em junho de 2019, Rackete comandou o barco do Sea-Watch , o Sea-Watch 3 ; Depois de resgatar e salvar a vida de 53 migrantes no Mediterrâneo, na costa da Líbia, a Itália recusou a permissão de Rackete e Sea-Watch 3 de se aproximar da ilha de Lampedusa e depois de muitos dias esperando a permissão para ser concedida, Rackete decidiu ir para o porto de qualquer maneira devido às más condições de saúde de seus passageiros; como notou Elisabetta Povoledo do The New York Times, "o Sea Watch 3 atacou uma embarcação de controle de fronteiras que estava tentando impedi-lo de chegar à costa ... [n] sua tentativa de atracar". Rackete foi preso pelas autoridades de segurança italianas depois de atracar. O que fica claro para nós, é que o mundo em que vivemos é muito injusto para lhe dar a honra que Carola Rackete merece. Parabéns pela sua coragem. Não desanime! Aproveite este momento para encontrar aliados por um planeta sem fronteira.

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